Qual a taxa de esforço máxima comportável para os meus créditos

Janeiro 31, 2021

A taxa de esforço é o primordial indicador utilizado pelas instituições financeiras para avaliar a capacidade de alguém contratar um crédito. Saiba como a calcular e até que valor poderá ir para poder ter confiança de que conseguirá pagar um determinado crédito.

Qual a taxa de esforço máxima comportável para os meus créditos

Se está a pensar pedir um crédito para comprar uma casa, um carro novo ou usado, pagar os estudos ou determinada formação, ou mesmo para outra qualquer finalidade, fique a saber que existem vários procedimentos para avaliar a sua capacidade, logo a sua situação financeira.

À partida, pode fazer as suas contas mentalmente e pensar que tem capacidade para suportar mais um crédito, mas na realidade, depois de todas as contas serem feitas, poderá estar enganado e deparar-se no limite ou mesmo para além daquilo que é aconselhável.

O crédito acertado constatou que efectivamente existe uma grande desinformação sobre o máximo de taxa de esforço a que nos devemos sujeitar, facto comprovado pelas respostas a um inquérito que recentemente lançamos aos nossos leitores. Quando questionados quanto ao esforço máximo que os créditos devem ter no orçamento de uma família, os portugueses que gentilmente responderam ao questionário responderam na sua maioria 25%. Para respostas padronizadas de 5 em 5 pontos percentuais, a segunda resposta mais escolhida foi de 40% e em terceiro a opção de 35%.

O que é a taxa de esforço?

Comecemos então por definir com rigor o que é a taxa de esforço. A taxa de esforço é a relação entre os seus rendimentos líquidos, ou do seu agregado familiar, e as suas despesas ou despesas do mesmo.

Este é o indicador utilizado pelas instituições financeiras para avaliar a sua capacidade de contrair empréstimos. Podemos dizer que a taxa de esforço mede o peso dos financiamentos no seu rendimento mensal e no fim permite concluir se tem capacidade para contrair mais um crédito. Logo se perceber que conhecer este indicador é muito importante para as instituições de crédito, pois querem emprestar pela certa e não desejam ter crédito malparado, e também é de extrema importância para si que solicita o crédito porque garantidamente não quererá meter-se em trabalhos e não conseguir responder a novas responsabilidades.

Desconhecer esta taxa de esforço pode ser a razão pela qual muitas vezes não entende porque alguns empréstimos não são aprovados.

Despesas contabilizadas na taxa de esforço

Por definição a taxa de esforço inclui as prestações dos créditos contraídos com bancos ou outras entidades financeiras, como crédito habitação, crédito automóvel, crédito ao consumo, despesas vencidas com cartões de crédito, etc. No entanto, uma despesa fixa como por exemplo o pagamento da pensão de alimentos no caso de alguém divorciado, com filhos e sem a guarda dos mesmos, também pode ser considerada e agregada neste cálculo.

Finalmente, de quanto deve ser a taxa de esforço?

As boas práticas financeiras recomendam que o peso dos créditos não deve ultrapassar os 40% do total dos rendimentos. Por exemplo, simplificando, para quem receba 1000 euros, o total das prestações dos créditos não deve ultrapassar os 400 euros.

Seja em que contexto for, quanto mais baixa for a taxa de esforço, melhor. Esta perspectiva mais conservadora assume ainda maior importância no contexto de uma pandemia.

Regra geral, a maioria das instituições bancárias e de crédito não concede empréstimos a quem apresenta uma taxa de esforço acima de 40%. Estar a responder por uma taxa de esforço superior a 40% é um dos maiores erros que as pessoas cometem em relação ao dinheiro e deveria ser um sinal de alerta para renegociar as dívidas, caso contrário, existe o risco de entrar numa situação de sobreendividamento, pelo que contratar mais um crédito que nos leve para uma situação destas está duplamente desaconselhado.