Euribor desce a 6 e 12 meses: Impacto na prestação do crédito habitação

Agosto 31, 2024

As taxas Euribor, que são fundamentais para o cálculo da prestação da casa, registaram descidas nos prazos de seis e 12 meses, enquanto se mantiveram estáveis no prazo de três meses. Este movimento das taxas Euribor, que influenciam diretamente os valores das prestações dos créditos à habitação, indica uma tendência de alívio para os próximos meses, com a previsão de que estas taxas possam atingir a maior queda dos últimos 15 anos.

Euribor desce a 6 e 12 meses: Impacto na prestação do crédito habitação

A Euribor a três meses manteve-se estável em 3,505%, mantendo-se acima das taxas Euribor a seis e a 12 meses.

Já a taxa Euribor a seis meses, que durante um período esteve acima dos 4%, desceu 0,015 pontos para 3,376%. Esta descida segue-se a uma ligeira subida registada no dia anterior, quando a taxa subiu para 3,391%.

No prazo de 12 meses, a Euribor também registou uma descida, reduzindo-se em 0,011 pontos para 3,108%. Esta descida ocorre após um ligeiro aumento no dia anterior, quando a taxa subiu para 3,119%. A estabilização das taxas Euribor é um fator importante para os consumidores que têm créditos à habitação indexados a estas taxas, já que uma descida nas taxas se traduz diretamente em prestações mais baixas.

A evolução das taxas Euribor e a prestação da casa

A Euribor é a referência central para o cálculo das prestações da maioria dos créditos habitação em Portugal. Quando as taxas Euribor descem, as prestações das casas também tendem a diminuir, aliviando a carga financeira sobre os proprietários. A recente descida nas taxas de seis e 12 meses é uma boa notícia para muitos consumidores, pois estas são as referências mais comuns nos contratos de crédito à habitação.

O impacto de uma descida da Euribor na prestação da casa pode ser significativo, especialmente para quem tem créditos com prazos mais longos. Mesmo pequenas variações na taxa Euribor podem traduzir-se em poupanças consideráveis ao longo do tempo, tornando essencial que os consumidores acompanhem estas variações de perto.

Decisões do BCE e o impacto nas taxas Euribor

O Banco Central Europeu (BCE) tem um papel crucial na definição do rumo das taxas de juro na Zona Euro, e, por extensão, nas taxas Euribor. Em 18 de julho, o BCE optou por manter as taxas de juro diretoras, sem clarificar os passos futuros. A presidente do BCE, Christine Lagarde, indicou que as próximas decisões dependerão dos dados económicos que forem surgindo, o que cria um cenário de incerteza.

Anteriormente, em junho, o BCE tinha reduzido as taxas de juro em 25 pontos base, após uma série de aumentos que tinham elevado as taxas ao seu nível mais alto desde 2001. Este contexto de política monetária é determinante para o comportamento das taxas Euribor e, consequentemente, para o valor das prestações dos créditos à habitação.

Perspectivas para o final do ano: o que esperar das taxas Euribor?

Os analistas estão a prever que as taxas Euribor possam estabilizar em torno dos 3% até ao final do ano. Esta expectativa, se confirmada, representa um alívio para quem tem créditos à habitação, pois a estabilização ou descida das taxas pode significar uma redução nas prestações.

A média da Euribor em julho mostrou uma tendência de descida, mais pronunciada nos prazos mais longos. A Euribor a três meses desceu 0,040 pontos para 3,685%, a seis meses desceu 0,071 pontos para 3,644%, e a 12 meses desceu 0,124 pontos para 3,526%. Estes movimentos indicam que, apesar de algumas flutuações diárias, existe uma tendência geral de descida, o que pode traduzir-se em menores encargos para os consumidores.

O impacto das descidas da Euribor na prestação da casa

A descida das taxas Euribor reflete-se diretamente no alívio financeiro para as famílias com crédito à habitação. Uma menor taxa Euribor significa que os consumidores pagam menos juros sobre o seu empréstimo, resultando em prestações mais acessíveis. Este cenário é particularmente relevante para quem tem créditos indexados à Euribor a seis e 12 meses, pois são estas as taxas que têm mostrado maiores variações.

Para muitos, esta descida representa uma oportunidade para reorganizar as finanças pessoais, aproveitando a diminuição das prestações para poupar ou para amortizar mais rapidamente o crédito à habitação. Acompanhando as tendências das taxas Euribor, os consumidores podem tomar decisões mais informadas sobre a gestão do seu crédito e das suas prestações.